A Organização Mundial da Saúde, OMS, advertiu que a infecção pela gripe influenza volta a atingir patamares anteriores ou até mais altos do que no auge da Covid-19.

O alerta foi dado esta sexta-feira, em Genebra, pela chefe do Programa Global de Gripe da agência. Wenqing Zhang ressaltou que isso acontece após um período de circulação historicamente baixa do vírus influenza, entre março de 2020 e o final de 2021.

Hemisfério Sul

Este ano, a onda de gripe começou em muitos países do Hemisfério Norte e Sul. Particularmente no Sul, foi observada uma temporada com índices diferentes em tempo e gravidade da doença em comparação com as estações anteriores.

A especialista destacou ainda que a infecção humana é análoga à do H5N1, que nunca cessou na pandemia. Segundo ela, isso envia um sinal de eventual “pandemia de gripe e uma ameaça desta persistir ao longo da atual pandemia de Covid-19”. O apelo aos países é que nunca baixem a guarda.

A OMS lembra que a vacina contra a influenza vem sendo atualizada, anualmente, para prevenir casos graves. A agência diz que é “altamente recomendável que as pessoas, especialmente de alto risco, se vacinem a tempo”.

Ao contrário da gripe sazonal, a infecção por gripe zoonótica não cessou durante toda a pandemia.  Em diferentes variantes, a primeira infecção de aves para humanos, neste ano, foi relatada pela China e pela Rússia.

Sequências genéticas

O Reino Unido e Estados Unidos tiveram as primeiras notificações.

A especialista incentivou os países do Hemisfério Norte a avançar com campanhas de informação.

Em 2022, o Sistema Global de Vigilância e Resposta da gripe completa 70 anos.

De acordo com a OMS, um dos marcos recentes é a expansão de atividades deste ramo especializado que passou a administrar dados de sequenciamento genético do vírus da Covid-19 que podem surgir com potencial de causar pandemias.

A atividade acontece em 158 instituições em 127 países.