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Saúde

Ações de prevenção e controle podem reduzir em até 70% as infecções hospitalares

Relatório da OMS confirma que práticas como boa higiene das mãos podem evitar muitos casos; atualmente, para cada 100 pacientes internados, entre sete e 15 acabam adquirindo algum tipo de infecção enquanto recebem tratamento.

Publicada em 06/05/22 às 16:48h

Web TV e Rádio Nacional com Agência ONU News


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A pandemia de Covid-19 destacou como hospitais e centros de saúde podem contribuir para o aumento de infecções de pacientes, médicos e enfermeiros se não for dada a devida atenção a uma medida chamada Controle e Prevenção de Infecções, ou IPC, na sigla em inglês.  

A afirmação é da Organização Mundial da Saúde, OMS, que lançou nesta sexta-feira um relatório mostrando que práticas simples, como a boa higiene das mãos, podem prevenir até 70% das infecções hospitalares.  

Muitos acabam morrendo

A agência da ONU traz os seguintes dados: em países de rendas baixa ou média, a cada 100 pacientes internados, 15 acabam adquirindo pelo menos uma infecção durante a estadia no hospital. Em nações de renda alta, o índice é de sete a cada 100.  

A OMS destaca ainda que 10% dos pacientes com infecção hospitalar acabam morrendo, sendo as pessoas nos cuidados intensivos ou recém-nascidos os que sofrem mais riscos.  

Este é o primeiro Relatório Global sobre Prevenção e Controle de Infecção publicado pela agência. O documento traz uma série de evidências científicas e novos dados de estudos produzidos pela OMS.  

Desafio com pandemia de Covid-19 

O diretor-geral da agência nota que a pandemia de Covid-19 expôs vários desafios em todas as regiões e países, incluindo em nações que já tem os programas mais avançados de prevenção e controle de infecções.  

Tedros Ghebreyesus explica que o desafio agora é garantir que “todos os países consigam disponibilizar recursos humanos, suprimentos e infraestruturas” para garantir prevenção das infecções hospitalares.  

A OMS revela que o impacto das infecções hospitalares e da resistência antimicrobiana chega a ser incalculável. Por ano, mais de 24% dos pacientes afetados por sepses hospitalares e 52,3% desses pacientes que estão nos cuidados intensivos acabam morrendo. Quando as infecções não respondem ao tratamento com antibióticos, o total de mortes aumenta entre duas e três vezes.  

A agência reconhece que muitos países têm demonstrado forte compromisso e progressos em ampliar as ações que envolvem prevenção e controle de infecções hospitalares, especialmente as nações de renda alta.  

A OMS aproveita para pedir a todos os países do mundo para aumentarem investimentos neste sentido e garantir a qualidade dos cuidados de saúde e a segurança, tanto de pacientes internados, como dos funcionários dos hospitais.  

 




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