O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e o ministro do Turismo, Celso Sabino, se reuniram na manhã deste sábado (16) com o trade de turismo de Maceió, a convite do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do prefeito da cidade, João Henrique Caldas (JHC). O presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, Romero Rodrigues, também participou do evento. O objetivo do encontro foi apresentar as ações do governo federal e da prefeitura para fortalecer o turismo no município, e trazer mais visitantes brasileiros e estrangeiros durante o verão.
A prefeitura apresentou a campanha “Maceió de braços abertos” para mostrar a importância econômica e social do turismo na cidade, garantir a segurança nos destinos turísticos do município e prestar solidariedade às famílias atingidas pela crise das minas de sal-gema. Num dos trechos do vídeo oficial da ação publicitária, a mensagem é de que Maceió está de “coração apertado e braços abertos”, reforçando que a renda oriunda do turismo é fundamental para a cidade ter recursos para dar assistência adequada às pessoas atingidas.
O prefeito JHC afirmou que o compromisso da prefeitura é cuidar da população e também garantir que o turismo em Maceió não seja prejudicado. “O nosso turismo é a maior fonte de receita da cidade. Temos 28 mil leitos e a cada leito são gerados 5 postos de trabalho de forma direta e indireta. Estamos chegando a 150 mil empregos gerados pela iniciativa privada. Nossa receita tributária com o turismo é de R$ 500 milhões. Por trás desses números existem pessoas e famílias”, destacou.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que a renda gerada pelo turismo é importante para a cidade lidar com a crise provocada pelas minas. “A frase de coração apertado e braços abertos presente no vídeo de promoção é muito pertinente. Porque temos um problema grave a resolver e temos também que cuidar do turismo, porque os recursos que vem da atividade são muito importantes para ajudar as pessoas. Temos uma equipe técnica e qualificada que vai dialogar e agir em conjunto com o município para garantir o bom desempenho do turismo”, argumentou. Freixo antecipou que Maceió terá um espaço de destaque nas feiras de turismo de Madrid e Lisboa, entre janeiro e março. O presidente também propôs a realização de encontro com companhias aéreas para ampliar a oferta de voos para a cidade.
Freixo lembrou ainda que, em março deste ano, a Embratur levou jornalistas portugueses para divulgar os destinos de Maceió e Alagoas na Europa. O presidente da Embratur ainda sugeriu que seja feita uma nova ação, desta vez com influenciadores argentinos – isso porque tanto Portugal quanto Argentina têm voos diretos para Maceió.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, agradeceu pelo convite por se tratar de um assunto tão importante para o turismo brasileiro e para Alagoas. “O turismo é o setor que mais gera emprego, só fica atrás da construção civil, mas são trabalhos de melhor qualidade e que promove mais desenvolvimento econômico e social. O turismo precisa ser feito por várias mãos. O poder público cria as condições propícias, mas é a iniciativa privada que faz o negócio acontecer. E nós do ministério seremos sempre parceiros. Vamos nos reunir na próxima semana com as secretarias de turismo da prefeitura e do governo do Estado, junto com o Visit Maceió, para fazermos uma campanha conjunta para que tenhamos um grande verão”, declarou.
Ainda durante a reunião, Milton Vasconcelos, presidente do Convention & Visitors Bureau de Maceió, explicou que os trabalhadores e empresários do turismo estão preocupados com os efeitos negativos na imagem da cidade, e por consequência no turismo, provocado pela crise gerada pela exploração de sal mina no município. “Quando falamos de turismo estamos tratando do setor que mais gera emprego e renda em Maceió. Hoje este é o segmento que mais arrecada no município e é o segundo no Estado. Em termos de pessoas ocupadas diretamente com o turismo, só perdemos para o Rio de Janeiro. Vamos trabalhar num plano de mídia para que o turismo, que é tão importante para toda a economia do Estado, não seja prejudicado. A gente apoia a causa das famílias prejudicadas, tem muita empatia pelo que estão passando e queremos solução, mas não podemos adicionar a essa crise uma crise econômica e de desemprego”, afirmou.