O estado de Alagoas precisa qualificar 58 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025. A informação consta no Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, compilado pelo Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Totalmente necessário se capacitar em formação inicial - para informar os inativos e preencher novas vagas - e 45 mil já possuem uma formação ou inseridos no mercado de trabalho, mas precisam ser administrados1.
O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, afirma que a qualificação profissional é crucial tanto para os trabalhadores que já estão empregados quanto para aqueles que estão no mercado de trabalho.
“O aperfeiçoamento deve ser uma estratégia para todos os profissionais. O aprendizado ao longo da vida passa a ter um papel fundamental no mercado de trabalho nos dias de hoje.”
Em Alagoas, a demanda pelo nível de capacitação até 2025 será de:
Qualificação (menos de 200 horas): 34.054 profissionais
Qualificação (mais de 200 horas): 11.705 profissionais
Técnico: 8.922 profissionais
Superior: 3.842 profissionais
Em volume, ainda prevalecem como ocupações com nível de qualificação, cerca de 78% do total. Mas, segundo Márcio Guerra, houve um crescimento da demanda por formação em nível superior.
“O nível superior cresce sem dúvida a uma taxa muito elevada. Então, é preciso entender que fazer educação profissional não é o fim de uma trajetória. Profissionais que fazem qualificação profissional, fazem curso técnico e depois caminham para o ensino superior são profissionais extremamente valorizados no mercado de trabalho, pela experiência, pela prática e também pela formação”, avalia.
Áreas de formação
Em Alagoas, as áreas que mais vão demandar profissionais capacitados, tanto em formação inicial, quanto continuada, são:
Construção: 13.612 profissionais
Metalmecânica: 8.883 profissionais
Transversal: 8.875 profissionais
Logística e Transporte: 8.025 profissionais
Automotiva: 4.327 profissionais
Química e Materiais: 1.647 profissionais
Tecnologia da Informação: 1.647 profissionais
Gestão: 1.608 profissionais
Telecomunicações: 1.472 profissionais
Eletroeletrônica: 1.258 profissionais
O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, destaca a relevância das ocupações nas áreas transversais. “Ou seja, aquelas ocupações coringas, aquelas profissões que são absorvidas por diversos setores da economia, que vão desde o setor automotivo até o setor de alimentos. No que diz respeito às áreas, vale destacar também aquelas profissões que estão relacionadas com a indústria 4.0, relacionada a automação de processos industriais.”
Ele também explica que há diferenças nas áreas de formação mais demandadas entre os estados. Isso se deve à dimensão do país e à complexidade da economia brasileira. Segundo Márcio Guerra, a heterogeneidade de recursos e de produção acaba refletindo essas características.
"Nós sabemos que, em alguns estados, há uma concentração industrial maior e em outras regiões, como a região Norte, há uma dispersão maior. Então a estrutura industrial, ou seja, os setores que são predominantes em determinadas regiões são diferentes.”
Mapa do Trabalho Industrial
De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, o Brasil precisa qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos próximos três anos. Márcio Guerra explica que a projeção considera o contexto econômico, político e tecnológico do país.
“A partir da inteligência de dados, o objetivo do mapa é projetar uma demanda por formação profissional de forma que essa informação sirva, não só para o Senai, mas também para uma discussão mais ampla sobre qual vai ser uma demanda futura de profissionais no mercado de trabalho. É importante para a sociedade que também está se formando como tendências, cujas profissões são muito mais importantes para a formação, para que ele possa planejar sua trajetória profissional”, explica.
Confira outras informações do Mapa do Trabalho Industrial e de outros estados no link .