Falar sobre filantropia é trazer à tona o debate sobre o seu poder transformador na vida das pessoas, para além de uma prática assistencialista. ‘Filantropia Entre Nós’ é o tema da 13ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais que, na próxima quarta-feira (04), a partir das 9h, abrirá espaço para que mais de 30 vozes plurais possam discutir sobre coletividade, desafios e as intersecções dentro da filantropia estratégica e do Investimento Social Privado. O Fórum é realizado pelo IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Global Philanthropy Forum e a Charities Aid Foundation. O evento presencial, que acontecerá no Espaço Boulevard JK, em São Paulo, é exclusivo para convidados, mas a programação também será transmitida online e ao vivo no canal do Youtube do IDIS e as inscrições são gratuitas.
‘Filantropia desatando os nós do mundo’ é o tema do primeiro painel, que conta com a participação da escritora Cida Bento, representando o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Renata Piazzon, do Instituto Arapyaú, Sérgio Fausto, diretor-executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, com moderação de Philip Yun, presidente e CEO do Global Philanthropy Forum. No centro do debate, reflexões sobre as respostas que a filantropia pode oferecer para as dificuldades e desigualdades enfrentadas no mundo.
Na sequência, o painel ‘Tecendo respostas coletivas para desafios sistêmicos’ é composto por Carla Reis, representando o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Luiz Edson Feltrim, do Instituto Sicoob, Sylvia Siqueira, da Open Society Foundations, com moderação da diretora executiva do Movimento Bem Maior, Carola Matarazzo, para falar sobre as experiências de quem vivencia o ecossistema do investimento social, seja do ponto de vista de uma organização que se dedicam à solução de problemas, ou como atores que buscam viabilizar o financiamento das iniciativas e para a articulação entre pares.
Outro painel do evento reunirá os vencedores do Prêmio Empreendedor Social de 2023, iniciativa da Folha de S. Paulo em parceria com a Fundação Schwab. Aline Odara, do Fundo Agbara, Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora (RME), e Robson Melo, da Estante Mágica, compartilharão suas histórias vitoriosas nas categorias Inovação para o Século 21; Inclusão Social e Produtiva; e Soluções que Inspiram. A mediação será de Eliane Trindade, editora da premiação e da editoria Folha Social + no jornal paulista.
O papel da filantropia no fortalecimento de comunidades na luta contra emergências, seja de saúde pública, climática, ou por conflito armado, é o mote do painel ‘Emergência e Resiliência: filantropia fortalecendo comunidades’, que contará com a presença de Giuliana Ortega, da RD Saúde, Karine Ruy, da Fundação Gerações, Marijana Sevic, do CAF - Charities Aid Foundation, com moderação de Vinicius Barrozo, da TV Globo. Já o painel ‘Costurando Estratégias: dados como matéria-prima’ reunirá Jeniffer Caroline Luiz, da Fundação Grupo Volkswagen, Liliana Chopitea, do UNICEF Brasil, Amália Souza, do Fundo Casa Socioambiental, com moderação de Denise Carvalho, do IDIS, para um bate-papo sobre o papel dos dados na criação de estratégias eficazes para enfrentamento das policrises contemporâneas, considerando o investimento investimento social privado como cenário.
Na parte da tarde, acontece uma roda de conversa com Cristiane Sultani, do Instituto Beja, Ticiana Rolim Queiroz, da Somos Um, e moderação de Paula Fabiani, CEO do IDIS. O momento contará ainda com uma participação via vídeo da filantropa austríaca Marlene Engelhorn, do movimento Taxmenow. A ideia é reunir personalidades inspiradoras, explorando suas motivações e mostrando os caminhos traçados por quem decidiu dedicar recursos, tempo e influência para causas de interesse público.
O tema da ‘Filantropia Familiar: o poder da influência’ não poderia ficar de fora do debate. Neste painel, o Fórum reúne filantropos experientes na abordagem do papel e impacto da filantropia familiar, discutindo como as famílias podem influenciar positivamente a sociedade e deixar um legado. Participam José Luiz Egydio Setúbal, da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Mariana Moura, das Baterias Moura, Patrícia Villela Marino, do Instituto Humanitas360, com moderação de Nalva Moura, do Pacto de Promoção da Equidade Racial.
Os avanços tecnológicos e a crescente conscientização dos benefícios da tomada de decisão orientada por dados, trazem novas perspectivas para agentes comprometidos com a geração de impactos sociais positivos. O painel ‘Tecnologia como geradora de transformações sociai’ traz experiências reais nesta temática com a participação de Beatriz Johannpeter, do Instituto Helda Gerdau, Daniel Paixão, do Hub-Periférico, Luana Génot, do ID_BR, e moderação de Alex Pinheiro, da Ecossistema SQUARE. ‘Os nós do S na agenda ESG’ discute os desafios enfretados por muitas lideranças no eixo social da agenda ESG, abordando a identificação, o planejamento, a gestão e o monitoraramento de impactos gerados pelas empresas. Participarão Carlo Pereira, do Pacto Global - Brasil, Fabio Costa, da Salesforce Brasil, Liane Freire, do Blend Group, e moderação de Tarcila Ursini, do Sistema B.
Encerrando a 13ª edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores sociais, o painel ‘Entrelaçando vidas, tecendo o futuro’ traz um debate inspirador sobre a força das comunidades e o papel da filantropia e do investimento social na construção de um futuro mais justo, inclusivo e sustentável e, para isso, vai contar com relatos de representantes de organizações de diferentes lugares do mundo. Estarão presentes Grace Maingi, do Kenya Community Development Foundation (KCDF), e Julia Brindisi, Tony Blair Institute for Global Change, além da participação de Claudia Soares Baré, do Fundo indígena Podáali, e a moderação de Paula Fabiani.
"Há 13 anos, este é um espaço ímpar de troca entre pares no setor filantrópico brasileiro. É uma excelente oportunidade para nos encontrarmos, discutirmos e refletirmos sobre a filantropia que precisamos para impactar positivamente o mundo em que vivemos. Com tantos desafios sistêmicos e policrises atualmente, precisamos fortalecer laços e desatar alguns nós para que possamos avançar. E é exatamente isso que faremos no Fórum neste ano”, ressalta Paula.
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