A Justiça Restaurativa (JR) é um método de resolução de conflitos que procura trazer uma pacificação social, conforme afirmou a juíza Juliana Batistela, durante a realização do primeiro círculo de paz com os professores da Escola Estadual Professor Mário Broad, nesta quarta (27). A escola é a primeira a ser contemplada pela iniciativa do Judiciário de Alagoas.
Cerca de quinze professores serão capacitados para auxiliar no desenvolvimento do projeto na instituição, que iniciará pelos alunos dos 9º anos.
Segundo Juliana Batistela, que é uma das coordenadoras do núcleo de JR do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), os professores atuarão na busca pela restauração de laços, sejam eles familiares ou da comunidade.
“Numa escola, temos muitos conflitos. Atualmente os conflitos entre adolescentes estão ainda mais acentuados, e os professores estão tendo dificuldades para lidar. Nesse primeiro momento, vamos trabalhar com os professores para trazermos noções de comunicação não-violenta, de escuta ativa, de fala, de como se posicionar”, explicou a juíza.
Ana Maria Correia é professora de língua portuguesa na Escola Mário Broad, e vê na Justiça Restaurativa uma oportunidade para direcionar melhor sua atuação junto aos estudantes.
“A vinda de um programa como este irá nos ajudar a intermediar esses conflitos, que são múltiplos, envolvendo questões de relacionamento, familiares, psicológicas, indisciplina, entre outros”, destacou a professora.
O projeto vem sendo desenvolvido pela equipe da JR do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do TJAL, com apoio da Secretaria de Estado da Educação e do Centro Universitário de Maceió (UNIMA).
Participaram também deste primeiro círculo as servidoras Ylana Jobim, assistente de coordenação de JR; Renalva Santos, facilitadora de JR; além de Tatiana dos Santos, articuladora de ensino da Escola Mário Broad.