O Conselho de Segurança emitiu, nesta sexta-feira, uma declaração presidencial sobre a manutenção da paz e da segurança na Ucrânia.
O texto afirma a preocupação do órgão com a situação no país e recorda que todos os Estados-membros assumiram, nos termos da Carta das Nações Unidas, a obrigação de resolver seus litígios internacionais por meios pacíficos.
Apoio ao secretário-geral
O documento também expressa forte apoio aos esforços do secretário-geral da ONU, António Guterres, na busca de uma solução pacífica e solicita ao chefe das Nações Unidas que volte a falar ao Conselho de Segurança após a adoção da declaração.
Guterres falou aos membros do Conselho de Segurança nesta quinta-feira após sua visita à Rússia e à Ucrânia, onde manteve encontros separados com os presidentes Vladimir Putin e Volodimyr Zelensky.
Sobre a declaração do órgão, ele elogiou o avanço, que lembrou ser a primeira vez que houve “uma só voz pela paz na Ucrânia”.
Guterres reforçou que o mundo deve se unir para “silenciar as armas e defender os valores da Carta da ONU”. Ele adicionou que não irá “poupar esforços para salvar vidas, reduzir o sofrimento e encontrar o caminho da paz”.
México e Noruega
Antes do início da sessão, os representantes permanentes do México, embaixador Juan Ramón de la Fuente, e da Noruega, embaixadora Mona Juul, responsáveis pela declaração afirmaram que estão esperançosos com esse avanço.
Após a adoção do texto, eles afirmaram que o Conselho de Segurança deve permanecer unido para a apoiar as Nações Unidas em alcançar uma solução diplomática para o conflito e elogiaram o apoio da ONU a população ucraniana.
O embaixador mexicano reforçou que seu país e a Noruega continuam a pedir um cessar imediato da violência contra a Ucrânia.