O Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, anunciou neste domingo que uma passagem segura foi criada para evacuar civis da siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia.
Segundo o porta-voz Saviano Abreu, a retirada de mulheres, crianças e idosos é coordenada pelas Nações Unidas e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, além das partes em conflito, Rússia e Ucrânia.
Apoio psicológico
Essas pessoas estavam há quase dois meses sitiadas na fábrica de aço e agora seguem para a cidade de Zaporiska, onde receberão apoio humanitário, incluindo serviços psicológicos.
A operação começou na sexta-feira, quando um comboio da ONU e da Cruz Vermelha viajou 230 km desde Zaporizka até chegar à siderúrgica em Mariupol no sábado pela manhã.
Segundo o porta-voz do Ocha, a operação continua em andamento, mas não seriam divulgados mais detalhes para garantir a segurança de todos os civis e trabalhadores humanitários.
Visita à África
A ONU continua trabalhando pela saída segura dos civis que estão na cidade de Mariupol. O secretário-geral está no Senegal e na noite deste domingo, falou com jornalistas na capital Dacar, ao lado do presidente Macky Sall.
António Guterres afirmou que a “guerra na Ucrânia está agravando uma crise tripla na África”, nos setores financeiro, de energia e de alimentação. Esta é a primeira vez que o chefe da ONU vai à África desde o início da pandemia de Covid-19. Nesta semana, Guterres visitará ainda Níger e Nigéria.