Presidente do Vitória, clube baiano que voltou à Série A do futebol brasileiro após cinco anos na zona de rebaixamento, Fábio Mota é o entrevistado de João Vitor Xavier no Esporte S/A deste domingo (14/01). O programa vai ao ar a partir das 21h15, pela CNN Brasil.
Mota fala sobre o longo processo de recuperação do time baiano, desde a reorganização fiscal até as perspectivas de crescimento do clube, suas cifras e seus ídolos, além da rivalidade com o Bahia e do polêmico patrocinador, claro.
O dirigente lembra que quando assumiu o cargo, em maio de 2022, “a camisa do Vitória não chegava a R$1 milhão por ano de patrocínio”. “Nosso primeiro passo foi organizar a vida fiscal do clube.”
“Esse ano a gente aprovou R$9,5 milhões de projeto de incentivos fiscais do governo federal”, adianta, completando que o investimento será aplicado na base, no futebol feminino, no basquete e no remo, entre outros pontos.
Questionado por que o clube não se tornou SAF, Mota argumentou que a proposta recebida no passado não fazia jus à história do Vitória, mas não descarta futuras conversas nesse sentido.
“Agora o Vitória chegou à Série A. Acho que agora a gente tem que abrir essa discussão, sim. Mas uma discussão diferente. Eu não acredito em vender o futebol do clube. A SAF que eu acredito é do futebol alemão."
E quanto vale o Vitória hoje?
“Com certeza, muito mais que os R$200 milhões que foram oferecidos há 2 anos e 2 meses. Se você for olhar do ponto de vista de patrimônio físico, mais de R$1 bilhão.”
Mota defende, no entanto, que 51% do controle seja do clube. E ressalta o papel do torcedor, essencial para o crescimento do time.
SEM PRECONCEITO
Um dos principais ícones baianos, o Vitória se orgulha do patrocínio da Fatal Model, plataforma de anúncios de acompanhantes, em um estado onde o preconceito motiva alta resistência e militância. “Isso veio nos ajudar, mostrar o empoderamento feminino. Foi muito bom também para o nome do clube e a forma como a gente gere o clube”, diz.
Por causa do patrocínio, o Vitória foi o time de futebol brasileiro mais buscado entre os dez do mundo na internet, conta Mota.
O dirigente revela ainda o sonho de transformar o Barradão em uma arena, a partir de um projeto de R$360 milhões para 50 mil torcedores em um prazo de três anos, com perspectivas de vender seus naming rights por R$ 100 milhões. E avisa que já vem conversando com a Fatal Model sobre o tema.
Confiante em Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF que enfrentou afastamento e voltou ao cargo, Mota acredita que o caminho a seguir pede mais ao Vitória, não só permanecendo na Série A, mas se classificando para a Sul-Americana.
“Não costumo muito olhar a grama do vizinho, estou fazendo a minha parte. Vou montar um time competitivo e pretendo ganhar os dois Ba-Vi no Barradão, tanto o do Baiano, como o da Copa do Nordeste.”