noticias843 Seja bem vindo ao nosso site Web TV e Rádio Nacional!

Esporte

CSE: A utopia que machuca o torcedor

Amor que a torcida demonstra nunca será correspondido enquanto o time for casado com a política

Publicada em 05/07/22 às 08:46h

Web TV e Rádio Nacional


Compartilhe
Compartilhar a noticia CSE: A utopia que machuca o torcedor  Compartilhar a noticia CSE: A utopia que machuca o torcedor  Compartilhar a noticia CSE: A utopia que machuca o torcedor

Link da Notícia:

CSE: A utopia que machuca o torcedor
 (Foto: Ítalo Ramon)

Em mais uma temporada, o CSE decepciona a sua torcida. Com as promessas de estrutura semelhante aos times de série A do campeonato brasileiro, disputa de uma tão sonhada competição nacional e volta dos torcedores às arquibancadas, essa mágoa foi proporcional à expectativa criada.

Enquanto o time do CSE não se livrar da relação com a política local, o amor que a torcida demonstra pelo time não será correspondido. Nessa relação abusiva que a prefeitura tem com o time, fossem humanos, seria enquadrado na lei Maria da Penha. Sim, esse é o comparativo perfeito para exemplificar o que é o futebol profissional em Palmeira dos Índios, que se assemelha muito com o que é feito no amador, com todo respeito ao futebol amador pela comparação. O CSE é profissional pela relação de trabalho com seus atletas e comissão técnica, mas completamente amador em diversos outros setores.

Desde a presidência, passando pelos demais cargos da diretoria e funcionários são indicações políticas. Entra ano, sai ano, sempre a mesma coisa. Não se ocupa lugar no tricolor por competência técnica ou profissional, mas sim pela proximidade com a gestão ou com quem tenha força para indicar alguém próximo. Vale ressaltar que o time do CSE não pertence à prefeitura, embora utilize o Estádio Municipal Juca Sampaio como sede, esse sim, pertencente ao Município. Outro fator que deve ser levado em consideração é que ser o patrocinador máster do time, investindo uma quantia considerável no clube, não o faz dono ou sequer “locatário” do clube.

O torcedor tricolor é um torcedor apaixonado. Ao seu modo, apoia, compra o ingresso, compra a camisa, assiste aos treinos, sintoniza nos programas esportivos de rádio para conferir as notícias do time, acessa os sites esportivos para ver o seu time em destaque, participa de dez grupos de WhatsApp junto a tantos outros que têm em comum, o amor pelo CSE. Muitos viajam quilômetros em seus veículos próprios, locados em grupos e até mesmo de carona para ver o CSE em outras cidades e acompanhar de perto uma de suas paixões. Outros que o vigor físico não mais permite tantas peripécias outrora feitas até em pau de arara ou caçambas de lixo para estar junto ao seu time, torcem à distância ao pé do rádio, das imagens na internet e nas raras aparições na TV.

Muitos cansam. Mas só cansam enquanto o CSE está fora de atividade. Quando um ano vai terminando e o time se formando para a próxima temporada, assim como o jovem apaixonado que vê a sua amada se aproximando, se enche de esperança e confiança de que “agora vai”, que dessa vez, vai ser diferente. Infelizmente, em mais uma vez todo esse amor declarado, é novamente deixado de lado, pois assim como nos anos anteriores, o CSE está preso ao seu relacionamento íntimo abusivo com as forças que o regem. Por ser uma criatura inanimada, não há forças próprias para se libertar de tais abusos e se entregar de vez e fazer feliz o seu verdadeiro amor, o torcedor.

Todos os anos, a mesma situação: Os cargos de “chefia” no CSE são indicados pela política local, prefeito, vereadores, alguns pseudo poderosos que orbitam o CSE, sempre com belos discursos e promessas, mas que não passam de falácias. Se o time estiver bem, todos estão por perto. Quando o barco começa a afundar, não aparece nenhum dos “incentivadores” do time nos jogos. Além de dar as cartas fora de campo, querem também interferir diretamente no trabalho da comissão técnica e jogadores. Esse ano, o CSE teve mais destaque, não só com a tão sonhada participação em uma competição nacional, mas também com as trapalhadas de uma gestão municipal que não se contenta em cometer uma sequência de erros em sua administração, daí passa também a querer mandar no trabalho do CSE, assim como faz com seus comandados em que no papel, são responsáveis por secretarias, chefias, superintendências, mas na verdade não dão um passo se não for com a devida autorização do gestor.

Promessas de uma estrutura de primeiro mundo feita a técnicos que ao cobrarem o que foi prometido, foram dispensados, telefonemas no meio da noite determinando que o técnico dispense jogadores, profissionais sendo humilhados publicamente, técnicos sendo demitidos não pelo presidente mas sim pelo prefeito em vestiário, muitos mandados embora sem receber seus direitos, técnicos que são contratados antes do atual ser mandado embora, chegando a tarde em Palmeira para assumir o cargo a noite independente do resultado, falta de respeito com colaboradores do time que são desligados pelos gerentes do clube, membros da diretoria na arquibancada discutindo publicamente com a comissão técnica querendo dar palpite no trabalho, provavelmente encorajados pelo que veem ou até mesmo passam com o gestor municipal, uma vez que muitas pessoas querem transferir para seus subalternos aquilo que recebem de seus superiores. Essas são apenas algumas das trapalhadas que tiraram a paz do elenco durante a temporada, resultando em três fracassos. O da série D, o do Campeonato Alagoano e talvez o mais sofrido que foi a Copa Alagoas. Curiosamente, em uma escala de importância, a Copa Alagoas seria o menor, mas foi a competição em que o CSE tinha mais chances de êxito, uma vez que era o maior investimento da competição e que não contava com a participação de CSA e CRB. Faltou planejamento e sobrou interferência externa. O resultado? Fracasso,

O torcedor do CSE só vai ter alegria com o time quando a política cortar o cordão umbilical que mantém a tantos anos unido ao clube. Esse cordão umbilical que ao invés de alimentar o time, suga dele todas as forças, que são regurgitadas àqueles que vivem à órbita do CSE. O time precisa ter presidência e diretoria isenta de qualquer vínculo com a prefeitura ou seu gestor. Precisa de uma equipe de gerência profissional que não sirva apenas para formalizar as decisões que partem das imediações da Praça da Independência. Há de se ter de fato, e não de fachada, um trabalho de base. Investimento em estrutura e em profissionais. Uma boa solução é manter um trabalho de iniciação no Futsal em que esses garotos façam posteriormente a transição para o campo. O CSE não pode ser um departamento da prefeitura em que a ordem vem de quem não conhece de gestão de futebol, e não tem respeito não só pelo time, mas por tanto torcedores, apaixonados, iludidos, maltratados e enganados.

2023 vem aí. Será que “agora vai”? Uma dica: o retrospecto do CSE na próxima temporada vai ser semelhante ao desempenho dos candidatos ligados e apoiados pela atual gestão municipal nas próximas eleições. Pelo menos o torcedor já está avisado para não se iludir.

Até o café com leite vai sumir das prateleiras... Mas estarão de volta em 2024.




ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário


Insira os caracteres no campo abaixo:








Copyright (c) 2024 - Web TV e Rádio Nacional - Inovação em Comunicação