A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA, estão contando com o apoio de seis futebolistas na campanha “Futebol pela Ucrânia”.
Os jogadores, de clubes e nacionalidades distintas, estão convidando toda a comunidade do futebol para fazerem doações em prol da população da Ucrânia por meio do site do projeto: https://football4ukraine.org/donate/
O apelo acontece em um momento em que quase 4 milhões de ucranianos já deixaram o país em conflito e buscaram refúgio em outras nações, sem contar com 6,5 milhões que abandonaram suas casas, mas estão deslocadas dentro da Ucrânia.
A mensagem dos futebolistas é acompanhada por uma música do Embaixador da Boa Vontade do PMA, the Weeknd. Entre os seis jogadores, três são ex-refugiados: Alphonso Davies, do Gana, jogador do Bayern Munich; Mahmoud Dahoud, o primeiro refugiado sírio a jogar na Bundesliga pelo clube alemão Borussia Dortmund e o goleiro da equipe inglesa Everton FC, Asmir Begovic, que foi forçado a fugir da Bósnia Herzegovina.
Os três fazem o apelo ao lado da inglesa Lucy Bronze, do Manchester, considerada a melhor jogadora do mundo pela Fifa em 2020, além da primeira mulher campeã da Bola de Ouro Feminina, Ada Hegerberg, e de Juan Mata, vencedor da Copa do Mundo pela Espanha.
O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, declarou estar “inspirado com a resposta que tem visto de fãs do futebol ao redor do mundo, que estão demonstrando o apoio às pessoas afetadas pelo conflito na Ucrânia.” Ele lembrou que nenhuma pessoa escolhe se tornar refugiada.
Já a jogadora Lucy Bronze disse estar “de coração partido com essa situação”, especialmente por haver “milhões de crianças forçadas a sair de casa sem saber quando poderão voltar”. Ela lembrou que em todo o mundo existem 84 milhões de pessoas deslocadas.
As doações serão direcionadas para os trabalhos do Acnur e do PMA, que fornecem comida, abrigo emergencial, apoio psicológico e assistência financeira aos ucranianos.
As duas agências da ONU destacam que a crise na Ucrânia “é uma catástrofe dentro de um ano que já estava catastrófico para as pessoas mais pobres e vulneráveis do mundo”, sendo que as equipes do PMA e do Acnur continuam atuando também em prol da população de outros países como Afeganistão, Síria, Sudão do Sul e Iêmen.