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Economia

FGTS e 13º salário: Mais pobres vão utilizar recursos para pagamento de dívidas

Diferentemente das edições anteriores, a quitação de dívidas não é o destino prioritário, em geral, mas continua sendo o da população com renda até R$ 2.100 (42,3%)

Publicada em 05/07/22 às 13:32h

Web TV e Rádio Nacional com FGV


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FGTS e 13º salário: Mais pobres vão utilizar recursos para pagamento de dívidas
 (Foto: FGV)

O Governo Federal autorizou um saque extraordinário de até R$ 1.000,00 das contas ativas FGTS e antecipação de 13º dos aposentados e pensionistas, a fim de impulsionar o consumo na economia e atenuar os problemas de endividamento da população brasileira. Diante dessa medida, o Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) consultou os consumidores, em maio de 2022, sobre a liberação de tais recursos para tentar entender qual o destino e o impacto na economia.

Sob a ótica dos consumidores, 53,2% dos entrevistados afirmam que alguém da família terá direito a sacar os recursos. Em 2020, apenas 24,8% tinham direito ao recurso, isso porque esse ano há a antecipação de 13º salário para aposentados e pensionistas, atingindo cerca de 31 milhões de cidadãos. Entre os que responderam positivamente, 79,7% afirmaram que exercerão os seus direitos e sacarão os recursos ante 59,8% em julho de 2020.

Em 2022, as finalidades mais citadas para o uso do valor sacado foram a poupança (43,1%) e o consumo (24,6%) e quitação de dívidas em atraso (23,8%). Diferentemente das edições anteriores, a quitação de dívidas não é o destino prioritário, em geral, mas continua sendo o da população com renda até R$ 2.100 (42,3%). Para esses consumidores, o endividamento tem pesado na situação financeira familiar e o indicador que mede o estresse financeiro se mantido elevado (30,7%), o que sinaliza um aumento da inadimplência dessa faixa.

Num ano de eleições e com muitas consequências da pandemia sobre a inflação e emprego, a confiança do consumidor se mantém em patamares baixos em termos históricos com níveis ainda piores quando é observada a situação financeira das famílias, principalmente as de menor poder aquisitivo.

Ainda que o volume dos recursos do FGTS e da antecipação dos 13º salários sejam maiores juntos do que nos anos anteriores e pretendam atingir uma parcela maior da população, a medida parece que não terá grande impacto no consumo das famílias. Isso porque 24,6% pretendem consumir: 18,0% comprando bens e 6,6% serviços, um pequeno aumento na comparação com 2020 (23,6%), onde 16,2% foram destinados para bens e 7,4% para serviços.

Em síntese, a intenção de priorizar a poupança dos recursos vai na contramão da intenção do Governo de estimular a economia. O impacto no consumo das famílias deve ser pequeno conforme estimado pelo FGV IBRE para 2022.

 




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