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Economia

Preços dos produtos juninos sobem mais que a média da inflação nos últimos 12 meses

O preço médio dos ingredientes e insumos para o preparo dos principais pratos e quitutes tradicionais das festas juninas aumentou 13,12% nos últimos 12 meses

Publicada em 09/06/22 às 12:21h

Web TV e Rádio Nacional com FGV


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Preços dos produtos juninos sobem mais que a média da inflação nos últimos 12 meses
 (Foto: FGV)

De acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), o preço médio dos ingredientes e insumos para o preparo dos principais pratos e quitutes tradicionais das festas juninas aumentou 13,12% nos últimos 12 meses, enquanto a inflação ao consumidor, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPC-M), ficou em 10,08% no mesmo período.

O levantamento considerou 27 itens alimentícios da cesta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e mostrou que o “caldo verde vai entornar” e a “maçã do amor vai ficar salgada”: a batata-inglesa e a couve subiram 71,35% e 29,34%, respectivamente, nos últimos 12 meses, enquanto o açúcar refinado, a maçã e o açúcar cristal subiram 42,02%, 28,68% e 26,8%, respectivamente.

Outros produtos que aumentaram acima da inflação foram: milho de pipoca (20,95%), leite longa vida (18,03%), farinha de trigo (16,78%), aipim/mandioca (16,03%), fubá de milho (15,63%), ovos (15,1%), batata doce (13,83%), milho em conserva (12,08%), queijo minas (11,23%), leite condensado (10,67%) e linguiça (10,1%). Apenas dois produtos dentre os 27 itens registraram recuo em seu preço no período pesquisado: o leite de coco (-2,36%) e o arroz (-8,98%).

“O Brasil tem vivido choques climáticos sucessivos praticamente desde 2020. Nesse último choque, chuvas torrenciais nos meses de verão impactaram quase todas as culturas de hortifrutis, por isso, vimos uma escalada de preços absurda nos últimos quatro ou cinco meses de itens tão básicos, como o tomate e a cenoura, que foram os protagonistas desse período, mas também de itens importantes dessa lista, como a batata, a couve e a maçã”, aponta Matheus Peçanha, economista do FGV IBRE.

“Muitos desses produtos não têm substituto para quem quer seguir a receita tradicional, então a principal dica para driblar o impacto no bolso do consumidor é pesquisar preços, dar preferência a marcas menos conhecidas ou reunir um grupo maior e comprar no atacado para conseguir descontos maiores”, aconselha Peçanha.

 




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