A Organização Mundial do Comércio, OMC, reviu para baixo o crescimento do comércio global de mercadorias de 4,7% para 3% este ano. O principal fator é o impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
As novas projeções levam em consideração fatores como o impacto da guerra, as sanções à Rússia e a baixa demanda observada em todo o mundo devido à menor confiança dos negócios e do consumidor.
Em nota emitida nesta terça-feira, em Genebra, a OMC associa as incertezas previstas para os próximos dois anos às ameaças ao ritmo das exportações russas e ucranianas de artigos como alimentos, petróleo e fertilizantes.
O documento também cita o impacto persistente da pandemia da Covid-19, principalmente dos bloqueios decretados para conter a infecções na China.
Para a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, o atual cenário é de um “golpe duplo” infligido pelo conflito e pelo coronavírus. Ela disse que a guerra causou “tremendo sofrimento humano” na região e seu efeito se espalhou pelo mundo, principalmente para os países mais pobres.
As Nações Unidas anunciaram um retorno gradual à capital ucraniana, Kyiv, que começará com a presença de pessoal de mais alto escalão.
O Escritório de Direitos Humanos confirmou 4.335 baixas civis ocorridas desde 24 de fevereiro, incluindo 1.842 mortos. Esse número pode ser muito maior, contando que o total não inclui áreas onde se registam combates intensos.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que se a situação agravar no leste, como indicam as últimas previsões, é imperioso permitir uma passagem segura. Juntamente com as previsões de um aumento do número de baixas, a falta de acesso para suprimentos de saúde poderá elevar o número de mortos.
A OMS lembra à comunidade internacional sobre o Apelo de Emergência de Saúde para ajudar a prestar cuidados em todo o país e apoiar países vizinhos acolhendo refugiados.
Mais de 108 ataques tiveram como alvo instituições de saúde desde o início da guerra. Nesses atos, morreram pelo menos 73 pessoas e outras 51 ficaram feridas.
Na operação com o Ministério da Saúde, a agência atua com equipes médicas de emergência em hospitais de campanha.
Cerca de 300 unidades estão em áreas de conflito e mil unidades de saúde em zonas de “controle foi alterado”, o que deixa o sistema de saúde vulnerável a danos na infraestrutura e graves interrupções em serviços críticos.
O acesso a medicamentos, instalações de saúde e profissionais de saúde em algumas áreas é limitado ou inexistente, alerta a agência das Nações Unidas.
Fonte: ONU News