Entre os dias 5 e 7 de novembro, Brasília recebe o 3° Encontro Nacional da Rede de Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil (Rede PCT Brasil), com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), entre outras entidades. O evento reúne representantes de povos e comunidades tradicionais de todas as regiões do país com o objetivo de estabelecer, de forma participativa, uma estrutura organizacional para a Rede PCTs.
O Encontro busca fortalecer a garantia de direitos e promover o bem viver nos territórios tradicionais, criando um espaço de diálogo inclusivo e colaborativo que impulsione a defesa de direitos e a implementação de políticas públicas específicas.
O secretário de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais (SETEQ/MDA), Edmilton Cerqueira, participou da abertura do evento e destacou a relevância do encontro: "Ao longo de duas décadas, alcançamos muitos avanços, mas ainda há grandes desafios para ampliar e consolidar os direitos dos povos e comunidades tradicionais no Brasil. Trabalhamos com foco na regularização e proteção dos territórios, na inclusão produtiva e no etnodesenvolvimento. Essas áreas são fundamentais para garantir a segurança e a dignidade das comunidades, confirmando seu papel crucial na preservação cultural e ambiental. Esse encontro nos permite compartilhar experiências, somar forças e fortalecer a Rede PCT para avançarmos, juntos, na construção de um futuro digno e de reconhecimento dos povos originários."
Esses espaços de diálogo têm uma importância tão grande que o secretário Edmilton Cerqueira considera o primeiro encontro um verdadeiro marco histórico. “Como resultado daquele 1º Encontro, em 2007 foi instituído o Decreto n° 6040, criando a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais”, recorda Cerqueira.
A criação da Rede PCT Brasil responde à necessidade de integração e fortalecimento dos diferentes segmentos de povos e comunidades tradicionais em todo o país, abrangendo os diferentes biomas brasileiros. A terceira edição do encontro consolida-se como um momento essencial para ampliar a representatividade desses grupos e oferecer apoio contínuo na luta pela preservação dos territórios e proteção de seus direitos.
Com o objetivo de tornar-se um evento anual, a Rede PCT Brasil visa se firmar como um mecanismo robusto de mobilização e ação, garantindo que as demandas dos povos e comunidades tradicionais sejam ouvidas, atendidas e valorizadas em seu papel fundamental para a cultura e biodiversidade do país.