Com a chegada do outono, fatores climáticos e circunstanciais contribuem para a maior disseminação de vírus respiratórios. Por ainda não possuírem sistema imunológico fortalecido e pelo maior contato interpessoal, as crianças são as principais acometidas por essas doenças. A Secretaria de Saúde (SES) recomenda medidas preventivas para reduzir a transmissão dos patógenos.
A médica Juliana Macêdo, referência técnica em pediatria da SES, alerta: “A adoção dessas medidas contribui para o menor adoecimento das crianças, para a redução dos casos graves e, consequentemente, para a diminuição dos impactos no atendimento”.
Só em 2023, quase 63 mil atendimentos relacionados a síndromes gripais já foram prestados pela Atenção Primária à Saúde. Desse total, mais de 42% envolvem crianças até 14 anos. Entre os pacientes pediátricos, os bebês de dois a quatro anos são maioria.
Etiqueta respiratória
Arte: Agência Saúde
A chamada “etiqueta respiratória”, amplamente difundida durante a pandemia da covid-19, contribui para conter a disseminação de gotículas respiratórias e inibir a própria contaminação. São procedimentos a serem adotados por toda a população, a começar pelos ambientes escolares.
De maneira geral, as doenças respiratórias têm como modo de transmissão direto a inalação de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado; indiretamente, o contágio pode ocorrer pelo contato com as secreções de outros doentes. No Guia de Vigilância em Saúde, são apresentadas várias medidas de prevenção e controle para essas doenças.
No ambiente escolar, cuidadores e crianças devem ser encorajados a adotar bons hábitos. “Todas as escolas da rede pública tiveram uma pia instalada em sua entrada”, lembra o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. “A ativação delas para uso regular pela comunidade escolar é um procedimento importante de higienização”.
Em um contexto infantil, adultos responsáveis são figuras fundamentais do processo formativo. “A fase escolar é o contexto adequado para que a criança aprenda sobre saúde, reconhecendo as atitudes adequadas praticadas em casa e em sala de aula, por exemplo; essa é a oportunidade de entender que o cuidado é individual, mas a saúde é coletiva”, reforça Dino Valero.
*Com informações da Secretaria de Saúde