O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, participou do 7º Fórum Brasil de Investimentos, realizado em São Paulo nesta segunda-feira (28/10). O evento reuniu autoridades brasileiras como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e focou em novas oportunidades de investimentos estrangeiros que priorizem o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental no Brasil.
 

No centro das discussões, a agricultura familiar e o papel do MDA foram apontados como fundamentais para um desenvolvimento sustentável e inclusivo. O ministro Paulo Teixeira evidenciou seu compromisso com a promoção de uma agricultura responsável e sustentável, reforçando a capacidade do Brasil de alimentar o mundo, mesmo diante das crescentes preocupações com as mudanças climáticas e a crise ambiental global.

Durante sua participação, Teixeira ressaltou a importância de intensificar investimentos na agricultura familiar, um setor que possui grande potencial para gerar empregos, fortalecer a economia e garantir a segurança alimentar. Ele destacou as várias iniciativas do MDA para apoiar agricultores familiares, que são responsáveis por grande parte da produção de alimentos consumidos pelos brasileiros.
 

"Estamos vivendo em uma democracia plena, em um país com desafios enormes, mas com potencialidades ainda maiores. Convido vocês a fazerem parcerias com a agricultura familiar para restaurar áreas degradadas e produzir alimentos com sustentabilidade. Essa é a força do Brasil, que pode se tornar o maior fornecedor de alimentos do mundo", afirmou o ministro.
 

A proposta central do MDA, conforme apontado por Paulo Teixeira, é uma expansão de modelos sustentáveis, como os sistemas agroflorestais, a integração entre lavoura, pecuária e floresta, e o incentivo a florestas produtivas, que permitem a recuperação de áreas degradadas com cultivos economicamente viáveis, como cacau e açaí.
 

O ministro do MDA também reforçou a importância de ampliar o acesso à assistência técnica e extensão rural, fatores essenciais para que os agricultores familiares possam adotar práticas mais avançadas e produtivas. “O Brasil precisa de uma agricultura familiar moderna e competitiva e isso só será possível com uma assistência técnica eficaz, que permita que esses produtores poderosos atendam tanto o mercado nacional quanto o internacional com alimentos de qualidade”, acrescentou.
 

Apoio do BID e transição ecológica

O apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi outro ponto reforçado durante o evento. Teixeira ressaltou que o BID, junto ao setor privado, desempenha um papel essencial no desenvolvimento de uma produção agrícola adaptada às mudanças climáticas e com foco na sustentabilidade.
 

Morgan Doyle, gerente-geral do BID para o Cone Sul, reforçou essa visão, destacando o Brasil como líder da transição ecológica global: “A relevância do Brasil para a transição verde global é incontestável. Com mais de 89% de sua matriz elétrica renovável, o Brasil é o país ideal para liderar o movimento rumo à sustentabilidade. Investir aqui é investir no futuro do planeta”.

Estabilidade para os investidores

O vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou que a estabilidade política e econômica do Brasil são fundamentais para atrair capital estrangeiro. Ele reafirmou o compromisso do governo com a manutenção de uma inflação baixa e com o fortalecimento da confiança internacional no país.
 

"Não há crescimento, não há emprego, não há renda se não houver investimento. O Brasil precisa avançar fortemente e as oportunidades são enormes. Somos a oitava economia do mundo, com estabilidade e segurança jurídica. E isso é o que traz a confiança que o investidor global busca", afirmou Alckmin.
 

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil e anfitrião do evento, reforçou a confiança no potencial brasileiro ao abrir o fórum. Para ele, apesar das incertezas globais, o Brasil mantém-se como uma referência sólida para investimentos sustentáveis:
 

"O Brasil, diante de um mundo em crise, é um porto seguro. Este fórum representa nossa oportunidade de mostrar o valor do país como destino de investimento seguro e sustentável, com políticas públicas que estão mudando a vida das pessoas", declarou Viana.
 

O fórum também serviu como palco para a apresentação das estratégias do Brasil rumo à COP30, a ser sediada em Belém (PA), em 2025. Segundo Viana, o evento será uma ocasião estratégica para consolidar o protagonismo brasileiro na agenda climática e ambiental, atraindo ainda mais parcerias para fortalecer uma economia sustentável e impulsionar o desenvolvimento verde.