A Polícia Federal instaurou nesta terça-feira (22) inquérito policial para apurar as causas do apagão que deixou parte do país sem energia elétrica no último dia 15 de agosto.
A investigação corre em sigilo e apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública.
Após a queda de energia, que atingiu todas as regiões do país, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira convocou reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para levantar as informações sobre os eventos ocorridos no Sistema Interligado Nacional, o SIN.
Estiveram na reunião representantes do Operador Nacional do Sistema, ONS, e também da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica.
O diagnóstico inicial do ONS mostra que a queda de energia teve origem na região Nordeste e envolveu todos os estados atendidos pelo Sistema Interligado Nacional, ou seja, menos Roraima.
Foram acionados esquemas regionais e proteções do sistema elétrico para conter o problema e a energia foi retomada ainda pela manhã nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e, no início da tarde, nas regiões Norte e Nordeste.
Foi identificado no relatório preliminar do ONS que o problema começou em uma linha de transmissão de Quixadá, em Fortaleza, da Eletrobras CHESF, e o incidente desencadeou uma série de ações que amplificaram os impactos a toda o país.
Segundo o ONS, o distúrbio nessa linha de transmissão, por sua natureza e por ter ocorrido de forma isolada, não seria suficiente para ocasionar a interrupção generalizada de energia elétrica.
O relatório não descarta a hipótese de uma atuação incorreta no sistema de proteção da linha, que operava dentro dos limites. Em 45 dias, o Operador Nacional do Sistema deve divulgar o diagnóstico final sobre o apagão.